DIOCESE DE RORAIMA
Curso de Teologia Pastoral de
Extensão
Universitária Padre Calleri
Profº: Pe. Mário Castro
Disciplina: Teologia Sistemática
“O Amor”
|
Rua Bento Brasil, nº 613 – Centro
Boa Vista - Roraima
Introdução
O amor é o dom maior de Deus, acima de
qualquer outro, porque é o proprio Deus. É muito mais espontânea entre os
pobres, menos impedidos pela importância da sua
personalidade. Por isso o amor sustenta o mundo, pois está sendo vivido na realidade dos pobres.
A partir de uma visão renovada da sociedade e
da pessoa, podemos enxergar a questão do amor na hora atual.
Quais são os aspectos a serem considerados?
Primeiro há o reconhecimento do outro. A
sociedade atual procura isolar-se do mundo dos pobres e definir um sistema de
relações sociais em que essa parte da humanidade não existe.
Não pode haver amor sem compaixão ou sem
perdão.
Da compaixão ativa surge o compromisso. O
evangelho espressa claramente que amar é fazer, e não somente falar ou sentir.
Amar é uma opção de vida, e por isso resulta
de uma conversão – aquela que constitui a orientação definitiva da nossa vida.
Jesus diz que amar a Deus e amar o próximo
é uma só coisa, um só mandamento. O segredo do evangelho de Jesus é justamente
este: aproximar os dois movimentos para fazer deles um só.
Contudo, o objetivo a abordar nesta síntese,
é como esse amor pode se realizar na própria vida, os atos e atitudes que o
leva a ser verdadeiro, como realizá-lo em plenitude da construção do reino de
Deus, em vista das nessessidas humanas.
Síntese “O Amor”
O Cristianismo tem o Centro no Amor. Deus é
amor e quem não ama não sabe o que é o amor e portanto não sabe o que é Deus.
Deus é indizível, está acima de qualquer palavra, mas pode ser conhecido no
amor.
Esse amor é Deus e, por conseguinte, somente
pode estar presente em nós por dom de Deus.
_Assim
diz são joão: “Amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus e todo aquele
que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conheceu a
Deus” (1Jo 4,7-8). Ele não diz: “ Quem conhece a Deus, ama-o”.
“Eu vos dou um mandamento novo: amai-vos uns
aos outros com eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão
todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo
13,34-35).
Quem ama a Deus, observa o seu mandamento,
que é único: “amai-vos uns aos outros”.
“Nisto conhecemos o amor: ele deu sua vida
por nós. E nós também devemos dar nossa vida pelos irmãos. Se alguém, possuindo
os bens deste mundo, vê seu irmão na necessidade e se fecha atoda compaixão,
como permaneceria nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos com palavras, nem
com a lingua, mas com obras e em verdade” (1Jo 3, 16-18).
O que Deus quer não é uma religião, mas o
amor. Disso não podemos concluir apressadamente que as religiões não servem,
mas sim que são secundárias. Não é a religião que salva e sim o amor. O amor
não consiste em dizer a Deus que o amamos, nem em multiplicar os sinais de
amor. Deus quer obras e não sinais. O amor é feito de obras.
O amor se realiza corporalmente, com o
trabalho das mãos, da cabeça e dos pés – sempre com o corpo.
_Dizia
São Paulo: “O amor jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão.”
Somente o amor ultrapassará a barreira da
morte. Somente o amor entrará na eternidade. O amor já é a vivência atual na
vida eterna. Quem ama já passou da morte para a vida eterna (cf. 1Jo 3,14).
_Uma
só coisa tem valor absoluto: “Porque tive fome e me destes de comer. Tive sede
e me destes de beber. Era estrangeiro e me acolhestes. Estive nu e me
vestistes, doente ou preso, e fostes me visitar”.
Á pergunta do especialista em leis: “Mestre,
qual é o maior mandamento da lei?” Jesus declarou-lhe: “Amarás ao senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento”. Um
segundo mandamento é semelhante ao primeiro: “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (Mt 22,35-39). Para Jesus, o amor de Deus está no amor ao próximo.
Graças aos evangelhos sabemos claramente o
que é o amor de Deus vivido por Jesus e o amor de Deus vivido pelos discipulos:
Eo amor ao pobre, ao rejeitado, ao abandonado.
A Compaixão
O olhar gera a compaixão quando é aceito.
Jesus viveu a compaixão. O relaciona- mento que ele tinha para com o seu povo
era de compaixão. Quase todos os encon- tros pessoais de jesus com gente do seu
povo foram de compaixão. Bem diz o evan- gelho de Mateus: “Jesus percorria
todas as cidades e povoados ensinando nas sina- gogas e anunciando a boa nova
do reino, enquanto curava toda sorte de doenças e enfermidades. Ao ver a
multidão, teve compaixão dela porque estava cansada e aba- tida como ovelhas
sem pastor” (Mt 9, 35-36).
Sabendo que o amor é o único valor
definitivo, como diz paulo, quem fez a experi-ência dessa conversão acha
naturalmente que não pode oferecer nada melhor ao ou-tro do que um apelo para
entrar no mesmo caminho. Anunciar a boa-nova é isso.
A hierarquia tem bons secretários, que
sabem escolher palavras bonitas e
redigir discursos atualizados. Mas isso tem pouco a ver com o que se faz na
prática.
Conclusão
*Como vimos em todo o percurso desta síntese,
podemos agora de forma mais coveniente ou espressadamente concreta, afirmar o
significado maior e o objetivo mais esclarecedor, no que se refere ao amor, em
toda a sua essência, os atos e atitudes referentes à sua atividade, ou seja, as
obras que o fazem realizável, um ato firmado na atividade com a própria vida,
contudo, o trabalho do corpo. Mas, o que pudemos cap- tar, ao qual pudesse
fazer O AMOR realmente existente, e com o qual,
traz à tona toda centralidade deste contexto já apresentado nos textos digitados,
contudo, deste considerável ato gratuito que espressa ser, O AMOR
, é o amar aos irmãos e irmãs, um ato livre que só cada pessoa, pode com
atitude fixa, expressar à sua maneira, claro, sem esquecer das características
referentes ao AMOR, espressar esse amor, que até agora se
mostrara apenas , qual ferramentas utilizáveis ao seu serviço. Não pode haver amor
sem compaixão ou sem perdão, portanto o amor se inclui na coletividade das
pessoas unidas em realização desse bem comum, o
AMOR.
Em todo o caso, a concretividade desse amor
não está no que concerne, palavras, orações, conclusões ou até mesmo como
acontece hoje em dia, só ter pena dos irmãos que mais necessitam, mas todo
referente a este ato gratuito se realiza no serviço físico, material, a mente
no exercício deste serviço, respondendo às necessidades sub-humanas, ou de quem
precise de verdade.
Contudo, no que já foi dito -- a forma mais
expressativa desse ato gratuito feito com a disponibilidade gratuita de cada um
de nós, que firmamos este compromisso de humanidade, é sobretudo, a caridade.
Sem ela, não haveria qualquer sentido na
vida física, no mundo, no universo, no tempo, no espaço, em toda e qualquer
capacidade intelectual humana, não haveria brilho no firmamento, ou em qualquer
lugar que nos trouxesse a alegria da esperança escatológica, que está firmada
na nossa fé cristã, que não se separa em quaisquer situação da caridade, a fé e a caridade, que
estabelece a esperança, que nos leva ao compromisso maior com o Deus que tudo
criou e amou, ele o começo da nossa história, ele a esperança do fim
escatológico, Ele o Próprio Amor.
“Antonio wagner”, (1)
frase referente ao texto da apostila “O AMOR” do Curso de Teologia;
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